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O jornalismo tem de ser mais visual e o design mais jornalístico
Texto Rui Leitão Fev_2017 publicado no site Globalmedia
Resumo do relatório do grupo NYT 2020,
sobre o futuro da redação, para discussão no grupo de trabalho
https://www.nytimes.com/projects/2020-report/
No NewYorkTimes a consciência é de que apesar de estarem bem posicionados para aproveitar as mudanças que estão a ocorrer nos media poderão ficar vulneráveis a essas mesmas se eles próprios não mudarem.
A estratégia continuará a passar acima de tudo pelo negócio de assinaturas, pois é isso em particular que os vai distinguir dos outros players por isso o seu objectivo principal não é a maximização de cliques nem a venda de publicidade com margens baixas, também não pretendem "ganhar" nenhuma corrida de páginas visualizadas.
A estratégia do NYT continuará a passar acima de tudo pelo negócio de assinaturas, pois é isso em particular que os vai distinguir dos outros players.
Acreditam que a estratégia de negócio mais eficaz é fazer jornalismo de qualidade, de tal forma consistente que muitas pessoas estarão dispostas não só a darem-lhes tempo para ler os seus conteúdos como a pagarem por eles (os dados mais recentes revelaram que a receita de assinaturas digitais continua a crescer a um ritmo forte. O terceiro trimestre de 2016 foi o de maior crescimento nas assinaturas digitais desde o lançamento do modelo pago, em 2011).
No entanto têm a convicção de que para continuarem a ter sucesso nos seus objectivos, para continuarem a fornecer jornalismo de qualidade e tornarem-se um produto mais atraente têm de mudar, e mudar mais rapidamente do que até agora.
Uma das grandes razões apontadas para a mudança é provar que existe um modelo digital para o jornalismo original, especializado e feito com tempo. No entanto e apesar de todos os progressos têm consciência que ainda não conseguiram construir um negócio digital suficientemente grande que possa cumprir essas ambições, para isso precisam expandir substancialmente o número de assinantes até 2020.
"Não se enganem, esta é a única maneira de proteger as nossas ambições jornalísticas. Não fazer nada ou ser tímido a imaginar o futuro, significa ficar para trás" Dean, Projecto 2020.

O foco nos assinantes decorre de um desafio com que se confrontam: a quebra no mercado publicitário impresso e nas formas tradicionais de publicidade digital. Ao concentrarem-se nos assinantes o NYT acredita que manterá o seu negócio de publicidade mais forte que a concorrência. As agências de meios anseiam por envolvimento com leitores que dedicam o seu tempo aos conteúdos e se tornam fieis a determinada marca.
Há cerca de um ano a empresa anunciou a intenção de duplicar a receita digital em 2020 e o centro dessa estratégia passa pelo aumento das assinaturas e para que isso aconteça é também preciso que a redação elimine maus hábitos adquiridos ao longo dos tempos, para analisar tudo isso foi criado o grupo 2020. Sentem que hoje estão relativamente bem mas não a uma escala suficiente para atingir os objetivos da empresa ou sustentar a sua redação.
"Não criamos ainda uma forma de dar as notícias que aproveite todas as ferramentas disponíveis para contar histórias, e que o faça dirigido ao nosso potencial público alvo."
Mais, o nosso jornalismo precisa corresponder ao que um número crescente de leitores curiosos e sofisticados nos disseram que valorizam mais - o jornalismo distinto, confortável, que expanda sua compreensão do mundo e os ajude a nele navegar."
Para que o NYT se torne um produto ainda mais atraente para os leitores - e para manter e reforçar a sua posição nos próximos anos - três grandes áreas de mudança são necessárias:
1 - O trabalho jornalístico deve mudar!
2 - A equipa deve mudar!
3 - a maneira como se trabalha deve mudar!
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Lean Production aplicado a um departamento de design editorial
Texto Rui Leitão julho_2010
Face à complexidade do sistema produtivo, os sectores industriais mais desenvolvidos, nomeadamente o do automóvel, têm vindo ao longo dos anos a criar e desenvolver metodologias, baseadas na criatividade as pessoas e no aperfeiçoamento da comunicação e informação, tanto interna como externa, e muito em particular, no potencial do trabalho em equipa, que de um modo geral podemos chamar de novas regras, em confronto com a tradicional abordagem científica, conceptualizado por Taylor e posta em prática no início do século passado, por entre outros, Henry Ford. Desde finais dos anos 70, que os sistemas produtivos em geral vêm sofrendo uma forte influência das práticas industriais japonesas, centradas no rigor, na orientação para o cliente e num grande envolvimento dos trabalhadores.
A gestão da produção aos dias de hoje confronta-se com importantes e complexos desafios, dispersos no que respeita a objectivos e domínios. Desde a qualidade, garantindo a conformidade, passando pelo controlo dos custos, pela segurança nos prazos, a que se acresce também a necessária flexibilidade. Não actuando isolada, a produção tem de responder a inúmeras solicitações decorrentes da permanente evolução dos mercados e das especificidades de cada produto.
Não fugindo à generalidade também os departamentos editoriais tem vindo a adoptar novas regras na sua metodologia de trabalho face à evolução dos últimos anos no sector. Isto porque hoje em dia estas empresas já não olham para as suas revistas como produtos isolados. E falar em novas regras de produção editorial é falar necessariamente nas pessoas, no contributo permanente que delas se espera. É falar também na criação de condições para que o seu potencial criativo possa vir no dia a dia a ser aproveitado no sentido da melhoria contínua, do desempenho e das prestações de cada posto de trabalho, de cada departamento, em síntese, da empresa em geral. Numa empresa e em particular no Departamento de Design, verificam-se muitos desperdícios no sentido de tarefas ou actividades que não acrescentam valor ao produto. Sendo que o valor pode ser visto quer na perspectiva cliente, quer na da empresa. Do ponto de vista do cliente, valor será a relação qualidade/preço que o produto revista tem para o comprador enquanto que para a empresa e especificamente na perspectiva do processo produtivo, será a relação conformidade com o que está especificado / custo de a realizar bem e no momento certo.
A generalidade dos processos produtivos no Departamentos de Design é todavia caracterizado por elevada entropia, no sentido em que as pessoas, os meios, as informações, os métodos e a organização estão sujeitos a perturbações de vária ordem, assistindo-se também por vezes ao crescimento dos processos produtivos de forma improvisada, pouco reflectida ou racionalizada. Acumulam-se erros e ineficiências que perduram, por vezes, durante largo tempo verificando-se perdas, desvios ou disfuncionamentos de vária ordem de grandeza e tipologia. Sendo a Gestão de Produção um campo vastíssimo centrámo-nos na Avaliação dos 5 princípios da Produção Magra.
Valor A empresa deverá fornecer o valor que o cliente deseja.
Cadeia de valor Identifica as etapas que não acrescentam valor.
Fluxo Criação de fluxo contínuo.
Pull Produzir apenas o necessário quando for necessário.
Perfeição Completa a eliminação do desperdício. Só as actividades que acrescentam valor estão presentes no processo.
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Utilização de perfis icc no fluxo de trabalho de um departamento de design
Texto Rui Leitão maio_2010
While the judgment of a product's appearance inevitably includes
subjective opinion and contextual issues, an element of science, technology,
and numbers and measurements also applies, especially when it comes to color
and the factors that affect it.
An Introduction to Appearance Analysis
Richard W. Harold*
Resumo
Este estudo teve como objectivo geral, saber se um Departamento de Design tem vantagens na utilização de perfis ICC de destino no seu fluxo de trabalho interno, se a utilização de perfis ICC genéricos que acompanham programas de edição de imagem e paginação lhe dão garantias de controle das cargas de tinta na fase de elaboração do projecto gráfico garantindo dessa forma a qualidade final do mesmo depois de impresso. E como objectivo específico, o de saber em que fase da elaboração de um determinado projecto gráfico de uma publicidade destinada a um espaço de cor CMYK, o designer deve converter o perfil de origem dos ficheiros de imagem para o perfil ICC de destino.
Abstract
THE USE OF ICC PROFILES IN THE WORKFLOW OF DESIGN DEPARTMENT
This study had as overall objective, to know whether a design department has advantages in the use of ICC profiles destination in its internal workflow, if the use of generic ICC profiles that come with image-editing and paging programs gives guarantees of control of the loads of ink when preparing the draft design thereby guaranteeing the quality end of it when printed. And as a specific objective, to know in what stage of the development of a project for a graphic advertising into a CMYK color space, the designer must convert the source profile image files to the ICC destination profile.
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Road trip na Bulgária
Do sagrado ao profano
De Sófia ao mar Negro em automóvel foi a viagem de férias de verão de uma família portuguesa - pai, mãe e duas filhas. Entre a história e a praia, descobriram um país surpreendente, barato e seguro
Texto e fotografia Rui Leitão, publicado na revista Volta ao Mundo
A ideia, de início, não foi consensual, o que seria mais ou menos de esperar numa família de quatro pessoas que, embora partilhem o gosto por viajar, vagueiam numa faixa etária entre os 11 e os 46 anos. Não foi de estranhar que, antes da partida, surgissem propostas como a da Rita, a mais nova – «Paris, Disney, sim?» – ou da Inês, «vítima» do dia‑a‑dia da adolescência em que vive – «Já sei: Toronto! Gostava de encontrar o Shawn Mendes na rua, fixe?». «Disney outra vez? Mendes quê? E que tal algo novo, mais cultural e com praia? Já ouviram falar da história daquele escravo que derrotou os romanos?», perguntávamos nós, os pais, apelando ao gosto que tinham pela matérias de História. «Que tal um país que fica no outro lado da Europa, muito perto da terra da Valentina?», inquirimos. Valentina é uma ucraniana, amiga de alguns anos, que cuidou da Inês e da Rita quando eram pequenas e os laços tornaram‑se fortes. Já várias vezes nos tinha convidado para umas férias no mar Negro, mas as circunstâncias recentes naquele país tornaram isso impossível. Ficou a curiosidade.
Mas porquê a Bulgária? Três razões: é daqueles países relativamente próximos que fazem parte do imaginário de país de Leste longínquo e desconhecido; porque se apresentava suficientemente seguro para viajar de carro; e porque o custo de vida nos parecia acessível.
Decisão tomada, passámos ao planeamento, distribuir os dias que tínhamos previsto e tentando um equilíbrio entre cultura e lazer. Foi assim que resolvemos começar em Sófia e seguir em direção ao mar Negro, atravessando o centro do país por estradas nacionais e percursos secundários de forma a desfrutar o melhor possível das paisagens e dos monumentos que esperávamos encontrar. O regresso a Sófia seria mais rápido e sem paragens, feito pela auto‑estrada.
O passo seguinte foi marcar voo, tendo sido a dificuldade encontrar um com uma escala que nos permitisse conhecer outro destino, já que não existem voos diretos desde Portugal. Optámos por fazer escala de um dia em Praga, na República Checa, e deu para conhecer descontraidamente o centro, dormir por lá e partir na manhã seguinte. Faltava ainda o hotel em Sófia e, entre ficar no centro da cidade ou um pouco afastados, pareceu‑nos boa solução o Novotel da capital búlgara (novotel.com; quarto duplo a partir de 50 euros por noite com pequeno‑almoço). É um hotel moderno com staff muito simpático e, embora um pouco longe do centro, com acessos fáceis tanto de carro como de metro e autocarro. O centro comercial ao lado também pode ser uma ajuda para quem tem crianças ou adolescentes a precisar de descontrair das visitas aos monumentos.
No essencial, a Bulgária, demonstra a sua raiz europeia. A rede de autoestradas liga os principais pontos do país, no entanto quando se opta por algo mais descentralizado e na periferia, a condução nas estradas nacionais pode complicar‑se. Deve ter‑se em atenção a circulação de carroças e os buracos no pavimento. Ao alugar um automóvel, certifique‑se de que tem a cobertura para danos em pneus, regra geral os seguros embora tenham danos próprios deixam esta cobertura de lado.
Outro aspeto a considerar ao alugar um veículo é o GPS. Caso não seja versado no alfabeto cirílico, saiba que, na sua maioria, as placas de informação estão em alfabeto cirílico e latino, mas algumas ruas – e fora dos centros urbanos – apenas são apresentadas no alfabeto local.
Quanto ao sistema bancário, existem multibancos em todos os pontos principais, e coexiste também uma espécie de sistema cambial em que se pode trocar euros por lev (a moeda local), sujeito a uma comissão. Deverá perguntar antecipadamente o valor da taxa porque por vezes isso não é claro.
O país é acolhedor e muito barato. O custo de vida é mais ou menos metade do do português e pareceu‑nos seguro, mesmo nas zonas de maior afluência de turistas. Na hotelaria e na restauração é usual deixar uma gorjeta simpática, já que os salários são baixos. Uma das curiosidades a assinalar (e talvez muitos portugueses possam pensar o mesmo) é que, por muito que possa parecer estranho, à entrada de algumas praias podemos deparar‑nos com o cartaz «The entry to the beach is free», a entrada na praia é gratuita. Como? Na costa búlgara, excetuando praias mais remotas, a zona junto ao mar está inundada de espreguiçadeiras e chapéus‑de‑sol, alguns pertencem a hotéis e restaurantes, mas todos são pagos. A zona gratuita costuma ser no lado oposto à beira‑mar e no verão isso faz toda a diferença porque as temperaturas são elevadas.
E futebol, esse assunto que desbloqueia tantas conversas? «Chutamos» nomes como Hristo Stoichkov, Krasimir Balakov ou Emil Kostadinov mas nada, só ouvimos falar de futebol nas praias de Sunny Beach, e do campeonato inglês. Aqui ganha o culto do corpo, comprovado pelos vários ginásios de rua que fomos encontrando pelo caminho. Talvez se deva à terceira posição que a Bulgária ocupa no ranking mundial de halterofilismo, mas tivemos pena porque íamos com a lição bem estudada acerca daqueles três astros. Tirando isso, a Bulgária é sem dúvida um destino familiar a ter em conta.

DIA 1: SÓFIA KM 0
Um bom pequeno‑almoço é essencial para quem se prepara para caminhar durante todo o dia, e no buffet do hotel havia quase tudo: das sementes de abóbora ao salmão fumado, passando por uma variedade de queijos que eram uma tentação àquela hora da manhã. Também a máquina de bom café expresso fazia parte da sala moderna mas acolhedora. Com as energias repostas, estava na hora de visitar o centro histórico. O hotel fica na zona nova da cidade, ao lado de um moderno centro comercial e empresarial. Dizem‑nos na receção que os acessos são muito bons pela Tsarigradsko Shosse, uma grande avenida com cerca de doze quilómetros: «Tanto o metro como os autocarros estão muito perto e são a melhor opção para fugir ao trânsito da cidade.» Viemos a perceber depois que em nada se compara ao de Lisboa ou do Porto em hora de ponta, mas de facto o autocarro acabou por ser uma boa opção. Deixou‑nos no sítio por onde queríamos começar a conhecer Sófia, o Parque Rezidentsia «Boyana», onde fica o Museu Nacional de História.
(faça aqui download da reportagem completa publicada na revista Volta ao Mundo)

Road trip em Marrocos
Este país também é para famílias
Que Marrocos é um país perfeito para grandes viagens de jipe e de moto já quase toda a gente sabe, mas muitos ainda olham com desconfiança na hora de fazer uma viagem em família. Não que temer, bem pelo contrário. Eis o relato (feliz) de uma viagem em família.
Texto e fotografia Rui Leitão, publicado na revista Evasões 360
Ele, rapaz magro de face escura responde do lado de lá de uma banca na marginal de Tanger: «Cent dirhams». A Rita sussurra algo à Inês e ela responde com uma oferta de trinta: «Non, c'est peu. Soixante». Ela sobe para cinquenta, ele aceita dizendo-lhe com um meio sorriso que estava difícil, que pareciam negociantes berberes. Retribuem o meio sorriso, trazem as dez pulseiras em pele e despedem-se: «Shukram».
Em Marrocos «quase tudo é negociável, estacionamentos, refeições em restaurantes, quartos de hotel» confidencia-nos, mais tarde, Ottoman. «Faz parte da nossa cultura» Quase tudo «menos a água e a Coca-Cola». É preciso por isso estar-se preparado para esta espécie de jogo que nos acompanhou durante toda a viagem. A Rita e Inês, adolescentes, não só pareciam preparadas para jogar como adoravam isso, muito mais do que nós, adultos.
Se tivéssemos de escolher algo que marcou esta nossa viagem seguramente, a arte de negociar seria uma delas. Isso e o nascer do Sol sentados nas dunas de Erg Chebbi.
Dia 1 / De Tarifa a Tanger
Quisemos que a entrada no país fosse feita por Tanger, vindos de Tarifa no ferry das 21 horas, o último do dia. As formalidades de entrada no Porto de Tarifa foram breves, um olhar atento aos passaportes e seguimos. Uma hora para cruzar as 21 milhas de mar que separam estes dois pontos, quarenta minutos no porto de Tanger para tratar das formalidades alfandegárias, e estávamos prontos para conduzir no trânsito um pouco caótico da Marginal Mohammed VI, em direção ao hotel que seria o ponto de partida para a nossa road trip.
Descemos de imediato à Marginal, apenas para jantar e caminhar um pouco, uma vez que o objetivo era deixar a visita à maior cidade do norte para uma próxima viagem. Todos os amigos que conhecem bem o país garantiram-nos de que haveria uma próxima vez. Que voltaríamos.
No dia seguinte acordámos ao som da chamada para a oração, subimos a rua e entrámos no Café La Grande Poste, onde tomámos o melhor pequeno almoço de toda a viagem. Enquanto procurávamos o edifício da Maroc Telecom para comprar um cartão marroquino, a Rita e a Inês não resistiram a regatear duas djellabas expostas numa das montras. O dress code para a viagem.



Dia 2 / De Tanger a Chefchaouen
N2 / 140 Km / cerca de 3 horas
Na hora de definir um trajeto, mais importante do que os quilómetros a percorrer é o tempo estimado do percurso. É uma das coisas que se aprende em Marrocos. A maioria das estradas são boas, no entanto o número de camiões que circulam e o facto de as estradas terem quase sempre uma só via para cada lado, obriga a ter paciência e andar sem pressas. Isso e os numerosos controlos policiais - contámos cinquenta durante todo o percurso. Basta cumprir a sinalização, respeitar os limites de velocidade seguir as indicações dos agentes da autoridade e ter alguma atenção ao entrar nas localidades que não haverá problemas.
Chegámos a Chefchaouen com enorme vontade de sermos absorvidos pelo azul caraterístico da cidade. Almoçámos na esplanada do café Ahmamou, com vista sobre a parte baixa, antes de subir à medina e, concluir aquilo que já adivinhava: caminhar por lá aqui quase mágico. A cor do artesanato misturado com o azul das ruas deixou-nos com vontade de andar sem rumo. Uma medina pequena, se bem que também aqui é fácil perder a noção de onde estamos, dada a configuração das ruas, estreitas, intermináveis, o fim de uma é sempre o início de outra.
A meio da tarde descemos até às pequenas cascatas de Ras el-Ma, onde a água refresca laranjas e banhistas. Subimos até Bab al Ansar - com vista magnifica sobre a cidade, em especial ao entardecer – e jantámos Tagine de frango e Cafta na Praça Uta el-Hammam, onde se misturam cheiros intensos, sons de músicos e luzes do souk onde tudo se vende.
(faça aqui download da reportagem completa publicada na revista Evasões 360)

Road trip na Ilha de São Miguel
Seis dias na Ilha Verde
Seis dias em cenários deslumbrantes a percorrer trilhos por matas de criptoméridas, a nadar em crateras de vulcão, a subir a miradouros de cortar o fôlego, ver fumarolas, provar água azeda e conhecer gente boa. Uma certeza ficou, queremos voltar mais vezes.
Texto e fotografia Rui Leitão, publicado na revista Volta ao Mundo





(faça aqui download da reportagem completa publicada na revista Volta ao Mundo)